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Rio de Janeiro, RJ, Brazil

terça-feira, 30 de março de 2010

Portador de HIV que cultivava maconha para uso medicinal é preso em Bocaina de Minas

Sobre o vídeo do plantador preso (abaixo)
1-    O mito em torno da planta de maconha, é preciso uma sociedade muito imbecil para proibir o cultivo e uso de uma planta. Resolveram que essa planta é “droga”, um conceito que ao longo dos últimos cem anos adquiriu contornos de uma irracionalidade bizarra no imaginário popular.
2-    Bocaina de Minas: o indivíduo que foi preso precisa de um advogado, esse caso tem de ser levado ao STF, vamos acabar de vez com a hipocrisia em torno desse vegetal que a natureza nos oferece para consumo e produção medicinal e industrial.
3-    José Roberto Godoy há tempo comunicou às autoridades que planta maconha para não participar do tráfico e faz uso como medicação para contrapor os efeitos colaterias do coquetel de HIV, pois é soropositivo. “Eu sou contra o tráfico. Eu não sou bandido, eu não sou marginal”.

4-    Para a polícia não muda em nada. Treinada e doutrinada nos EUA, nossa polícia atende aos interesses daquele país e segue que nem carneirinho suas orientações em termos de leis de drogas. Quer investigar mais a fundo para ver se ele é “traficante”, está ávida para encontrar provas para enquadrá-lo assim. Sua pena poderia ser de 5 a 15 anos de reclusão, pasmem!

5-    É impressionante a construção social da figura do traficante. Chegam ao cúmulo do ridículo de cobrar do jogador o fato de ele ter – ou não – dado uma moto para a mãe de um “traficante”. E de outro, o fato de ele ter ido num baile na favela. E os jornalistas não têm vergonha na cara de alimentar essa farsa.

6-    José quer usar maconha como medicamento. Está mais que provado que a cannabis é atualmente o melhor remédio para os desagradáveis efeitos secundários decorrentes do uso do coquetel para HIV. Conclusão: a partir do julgamento deste caso, a maconha para fins medicinais vai ganhar jurisprudência porque os juízes brasileiros certamente serão sábios e seguirão a constituição em seu sentido mais essencial – esperamos.